Estudos revelam renda média do tabaco ser melhor da brasileira
- O Fumilcultor Site
- 1 de mai.
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Dados de pesquisa realizada em 2023, pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEPA/UFRGS), apontam que o produtor de tabaco "ganha 117% a mais do que a média do trabalhador brasileiro". Se usar a referência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a situação é ainda melhor, enquanto a renda média brasileira, de acordo com o censo de 2022, era de R$ 1.625,00 a do fumicultor ficou em R$ 3.541,00.
O cenário atual monstra que o tabaco faz parte da economia de 509 municípios da região Sul do Brasil e envolve cerca de 626 mil pessoas no campo, conforme dados do Sindicato das Indústrias de Tabaco (SindiTabaco). A boa rentabilidade em pequenas áreas e garantia de venda da produção são pontos de destaque. Na última safra, a produção de tabaco colocou R$ 11,8 bilhões na conta de de 133 mil produtores, segundo essas informações oficiais.
Ou seja, cada família ficou, na média, com pouco mais de R$ 144 mil de renda bruta. Dividido por 12 meses, seriam R$ 12 mil por mês para cada propriedade produtora de tabaco. Obviamente é necessário descontar os investimentos em infraestrutura, maquinários e custos de produção. Muitas vezes, tudo isso onera muito o fumicultor e tem sido discutido quando das propostas de correção de preço pago aos produtores.
Quando se fala em programas sociais, o Bolsa Família, por exemplo, concede benefício levando em conta a renda mensal por pessoa de até R$ 218,00. Nessa linha de entendimento, um casal com dois filhos menores precisa receber um valor anual abaixo de R$ 10.464,00 para ser beneficiado por esses critérios. Assim, os dados oficiais da fumicultura quase excluem esse grupo de trabalhadores desses benefícios.
Apenas em torno de 5%, em torno 6.650 famílias ligadas à produção de fumo, recebem algum tipo de benefício social do governo. "O bom nível socioeconômico dos produtores de tabaco fica evidenciado na estratificação social: enquanto 80% enquadram-se nas classes A e B, a média geral brasileira nesse estrato social não chega a 25%", conforme o SindiTabaco. Mostrando esse contra-ponto, mesmo no trabalho com alta exigência de dedicação, fomentando melhor rendimento.
Com informações do CEPA/UFRGS, IBGE, SindiTabaco e imagem pixabay/reprodução.
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