Manejo correto de solo reduz custos e melhora a qualidade
- O Fumilcultor Site
- 18 de ago.
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Anderson José Sviech é atualmente produtor de tabaco em Palmeira, no Paraná. Na sua experiência de vida foi orientador e supervisor no Centro-Sul do Paraná. Palmeira, São João do Triunfo, São Mateus do Sul, Rio Azul, Rebouças, Imbituva, Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro foram os municípios de atuação. Seu trabalho teve foco no cultivo orgânico, com três anos de orientador e depois coordenador desse projeto nos três Estados do Sul.
Na época, atuando em nome de uma empresa fumageira. Período de dificuldades por conta da diferença de solos de 'diversas realidades'. "Bastante conhecimento e aprendizado", explica. Com o fim do projeto retornou para a propriedade onde voltou ao cultivo de tabaco no sistema convencional. Por dois anos produziu muito bem, mas sem qualidade. Criando um questionamento do que estaria ocorrendo com sua lavoura.
De início até cogitou parar com a atividade, mas insistiu e fez algumas mudanças, de variedade de tabaco e adubação, especialmente. "Deu resultado, mas senti que poderia fazer algo melhor ainda", cita. Disso a busca por soluções mais efetivas, uma vez que estava no 'olhômetro' num primeiro momento. Contando com a experiência do trabalho de orientação do projeto anterior somado ao conhecimento na propriedade.

Dali veio uma parceria, iniciada em 2023, com um amigo e empresário, somado da faculdade de Agronomia. "Buscar algo diferenciado", menciona. Assim veio a "agricultura de precisão" na parte de correção de solos e adubação para o tabaco. Seu trabalho estratificou a área, levando em conta três níveis de solo, até 10cm de profundidade, de 11 a 20 e de 21 a 40cm. O apontamento foi da necessidade de corretivos para ser produtivo.
18 toneladas de calcário mais sete de gesso, por alqueire, foi o indicado para fazer essa correção. Decidido em mudar a produtividade e qualidade, Anderson fez o manejo dos produtos. Junto de uma análise do tecido vegetal para observar a absorção de nutrientes do fumo verde em folhas e seguido de aplicações indicadas. Diante de uma média de 120 gramas por planta no Paraná, a experiência alcançou 200 gramas.
Ficando feliz e compartilhando imagens, surgiram questionamentos nas redes sociais sobre o sucesso alcançado num ano chuvoso e totalmente atípico. Anderson passou em conversar com outros produtores que o perguntaram e explicava os métodos usados, enquanto seguiu com as análises de solo e ampliou o trabalho estratificado, numa 4ª camada, até 60cm, ajustando os nutrientes indicados nessa correção de solo.
Os indicativos atuais elevam a qualidade do solo para o patamar de altas produtividades, conforme as análises feitas na última safra. A absorção de nutrientes tem sido mais efetiva, por essa ação técnica. Isso, entre outras coisas, ajuda na correta adubação e traz equilíbrio nutricional. "Reduz custos, aumenta a qualidade e melhora a renda", frisa. Sem contar, a redução de ataque de pragas por conta de a planta estar mais sadia.

Com informações e imagens cedidas por Anderson José Sviech.






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