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Preço na safra 2024 foi melhor por ter menos tabaco em oferta

  • Foto do escritor: O Fumilcultor Site
    O Fumilcultor Site
  • 5 de mai.
  • 2 min de leitura


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O equilíbrio comercial é ditado por conta de produzir basicamente aquilo que se vende. No caso do fumo, em que o Brasil é o grande exportador mundial, precisa cumprir contratos internacionais feitos bem antes das entregas. Pelo menos essa é a formatação para entender como funciona a regulação de preço. Havendo muita oferta, maior da necessidade de compra, tende em ser oferecido um preço mais baixo.


O fator positivo da safra 2023/2024, na questão de preços, foi justamente a produção ter recuado 16,1%, na média, até pelas condições climáticas desfavoráveis. Isso, conforme dados oficiais da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), melhorou o preço por quilo em 28% se comparado ao período anterior. E a receita bruta dos produtores no total atingiu R$ 11,783 bilhões e representou um acréscimo de 7,3% ao valor praticado um ano antes.

 

O aumento do número de famílias produtoras e área plantada na safra 2024/2025 traz preocupação econômica. Maior oferta tem como consequência menor remuneração ao produtor, nesse entendimento da Afubra. Até porque o bom valor pago no período anterior atraiu os produtores. Caso de outras comodities agrícolas estarem com altos estoques e preços menos atrativos potencializam a ampliação de lavouras de tabaco no Brasil.

 

O tabaco exerce papel de sustentação para pequenas propriedades rurais familiares. Dentre elas, a maior parte da renda, 56,3%, tem origem na fumicultura para áreas médias menores de três hectares por produtor. Foram em torno de 9% a mais de área plantada na atual safra, segundo estimativa divulgada em novembro de 2024, chegando a 309.982 hectares destinados à cultura nos três estados da região (131.789 no Rio Grande do Sul, 94.212 mil em Santa Catarina e 83.981 no Paraná).

 

Essa mesma estimava previu uma produtividade média em torno de 2,2 mil quilos por hectare na região Sul, sendo 25,67% maior safra anterior. Se isso se comprovar, o volume final pode chegar a 696,4 mil toneladas (mais 37,8%, com o acréscimo de área). Em janeiro de 2025, essa projeção até foi reduzida, mas mesmo assim a safra deve colocar boa oferta de fumo no mercado e, isso, explica o indicativo de preço final menor do período 2023/2024.


Mesmo levando em conta a previsão de crescimento de 10% a 15% no volume exportado para 2025 e valor médio por quilo tendo subido 14,84% no 1º trimestre de 2025, comparado com mesmo período do ano passado, ou média de US$ 6,54, nos três primeiros meses com valor de exportação 8,87% acima, o cenário econômico ainda traz incertezas para o fechamento da safra. Disso a dúvida de quem tem tabaco para vender se aceita o preço ou espera por melhor valorização.


Com informações da Afubra e SindiTabaco e imagem reprodução arquivo/SindiTabaco.

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