Quase 60% da renda de 138 mil famílias tem origem no tabaco
- O Fumilcultor Site
- 23 de set.
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A diversificação das propriedades é uma prática incentivada dentro da cadeia produtiva do fumo por entidades e até empresas fumageiras. Contudo, os bons preços das últimas safras trazem um cenário de maior rentabilidade em pequenas propriedades produtoras de tabaco. Inclusive, a receita cresceu em percentual diante da safra anterior e fortalece o protagonismo da cultura no Sul do Brasil como fonte de renda para 138 mil famílias.
Os dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), e repercutidos pelo Sindicato Interestadual das Indústrias do Tabaco (SindiTabaco), permitem uma leitura ampla do cenário de crescente diversificação, contudo reforçada a importância do tabaco na geração de renda das famílias produtoras. "Entre as safras 2023/2024 e 2024/2025, a receita obtida com o cultivo de tabaco cresceu mais de R$ 2,3 bilhões", cita a entidade.
O levantamento da safra 2024/2025 aponta uma receita total de R$ 24,3 bilhões, "um aumento de 16,15% em relação ao ciclo anterior", destaca o SindiTabaco. "Desse montante, R$ 14,17 bilhões vieram exclusivamente da produção de tabaco - o que representa 58,3% da renda total das propriedades. Na safra anterior, a cultura já respondia por 56,3% da renda, com receita de R$ 11,78 bilhões", acrescenta a entidade.
"Com uma cadeia produtiva consolidada e demanda estável no mercado externo, a cultura segue sendo um pilar econômico para milhares de pequenos produtores", avalia o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing. Outras culturas, dentro das propriedades que produzem tabaco, também cresceram em renda, de R$ 3,83 bilhões (2023/24) para R$ 5,5 bilhões (2024/25). Isso significa um avanço de 43,85%.
Nesse levantamento junto de propriedades com cultivo de tabaco, outras culturas, da diversificação, passaram de 18,3% para 22,7% da renda total. Espaço de avanço diante da queda no setor pecuário e granjeiro. Nessas duas áreas, a "receita caiu de R$ 5,32 bilhões para R$ 4,63 bilhões" reduzindo a participação na renda de 25,4% para 19,1%. O setor de grãos até teve queda de preços, mas impactou menos que esses dois.
"O movimento pode indicar um reposicionamento dos produtores frente aos custos e à rentabilidade do setor pecuário", avalia o presidente do SindiTabaco. "Outro dado que chama atenção é o aumento no número de famílias produtoras, de 133 mil para 138 mil, o que representa um crescimento de 3,76% e pode estar ligado à atratividade econômica do setor", complementa o Sindicato com base nessas informações.
Com informações da Afubra e SindiTabaco e imagem Afubra/divulgação.






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