SindiTabaco: COP 11 ignora setor produtivo e põe cadeia em risco
- O Fumilcultor Site
- 13 de nov.
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O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) manifestou preocupação com o posicionamento da delegação brasileira para a 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que será realizada em Genebra entre 17 e 22 de novembro.
O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, rebateu declarações da secretária-executiva da Conicq e alertou para um "descompasso" entre o discurso oficial de proteção aos produtores e as propostas que estariam sendo preparadas pelo governo, que, segundo ele, já incluíram no passado a redução de área plantada e a proibição de assistência técnica.

Thesing criticou o cerceamento de diálogo, lamentando que representantes do setor, incluindo produtores e prefeitos de municípios produtores, sejam impedidos de acessar o local da conferência. Ele reforçou que isso não se trata de interferência industrial, mas da supressão do contraditório. O dirigente cobrou ainda que o compromisso de diálogo firmado com o embaixador brasileiro em Genebra seja cumprido.
Outro ponto de alerta é o uso da pauta ambiental para justificar a proibição de filtros de cigarro. O SindiTabaco considera a medida uma distorção que pode ter um "efeito devastador", entregando a produção de cigarros ao mercado ilegal.
A entidade finalizou reforçando a importância econômica do tabaco para o meio rural. Dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) indicam que, na safra 2024/25, a renda de um hectare de tabaco equivale à de 7,85 hectares de soja, sendo o tabaco responsável por 59% dos R$ 24,7 bilhões gerados em produtos agropecuários pelos produtores do setor. O SindiTabaco cobra políticas públicas que reconheçam essa relevância e evitem decisões tomadas sem a devida participação.
Com informações do SindiTabaco, Afubra e COP 11 e imagem criada por IA Adapta sobre a temática.






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