Venda de tabaco é bem distinta nessa safra, comparada a 2024
- O Fumilcultor Site
- 17 de mai.
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"Está num diferencial muito grande. Na safra passada tivemos uma quebra de safra, de produtividade de mais de 20%", argumenta o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcilio Drescher. Ele cita os motivos do atual período ter um fluxo de entrega do tabaco nas empresas menor que em 2024. A produção menor trouxe influencia no ano anterior e neste a comercialização é mais lenta.
Dentre outra coisas, o entendimento do presidente é de que o fato de ter menos tabaco para ser comercializado fez com que a venda fosse mais "rápida e antecipada". No caso gaúcho, as regiões atingidas pela enchente no começo de maio de 2024, na maioria já haviam entregue a sua produção nas empresas. Nesse ano, até a metade de maio, a totalização das vendas está em torno de 2/3 do total produzido.
De certa forma, a comparação é bem distinta por conta da produtividade, conforme Drescher. Enquanto em 2024 se teve menor oferta de tabaco nesse ano a produção foi maior. Por estado, também os números são diferentes. Enquanto o Rio Grande do Sul atingiu 61% do total vendido, nas três variedades: virgínia, burley e comum, Santa Catarina comercializou, até o período, 84% e Paraná 79%. Em números totais são 73%, nos três estados.
Segundo o presidente da Afubra, a qualidade e produtividade alcançadas, na grande maioria das regiões produtoras, são satisfatórias. Obviamente, tirando alguns locais pontuais com clima desfavorável onde a safra ficou prejudicada. Em relação ao preço praticado, a oferta"muito mais" equilibrada com a demanda, deixa o preço médio sem exceder a tabela. Na avaliação de Drescher está sendo pago "dentro da tabela".
No ano passado, a menor oferta fez com que o preço médio excedesse o valor da tabela. Mas, nessa safra, a produtividade boa deve compensar no volume final o quanto de dinheiro o produtor vai colocar no bolso. Nesse entendimento, o presidente afirmou, no programa de rádio da Afubra disponibilizado para a imprensa, que a maioria das empresas tem comprado com classificação "tolerante" com duas ou três classes.
Ainda, Drescher mencionou alguns pontos relativos à próxima safra. O fato de ter oferta adequada à demanda interfere positivamente no preço. "Plantar menos e cuidar mais", nesse raciocínio, usando mão de obra familiar e evitando a contratação. Havendo o equilíbrio e evitando muito volume. "Se plantarmos ainda mais teremos dificuldades como tivemos em décadas ou momentos passados", alerta o presidente.
O histórico de safras anteriores tem mostrado a relação de menor oferta e melhor preço, na regulação de mercado. Quando amplia muito a produção pode perder a qualidade e, mais tabaco disponível, tende em baixar o preço pago ao produtor. Disso "faz se um apelo" por parte da Afubra para evita de ampliar as áreas de tabaco. Os últimos quatro anos não se podem levar em conta, nessa linha de entendimento. Foram safras excepcionais por diversos fatores, o que não baliza projeções. Nisso, o lema da entidade:"menos é mais!"
Com informações da Afubra e imagem de arquivo/Afubra/Registro da reunião sobre preço de tabaco, rodada de negociação/Luciana Jost Radtke/Afubra.
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