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Mesmo com o chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos da América — descrito por especialistas como algo “monstruoso” para o comércio exterior brasileiro —, o impacto ainda não é sentido de forma significativa nas exportações de tabaco do Brasil. De janeiro a setembro de 2025, o volume embarcado para os EUA superou o registrado em três dos últimos quatro anos.

 

Nos últimos cinco anos, apenas em 2020 e 2024 o Brasil exportou mais tabaco aos norte-americanos no mesmo período. Ainda assim, os números permanecem bem abaixo do recorde de 2012, quando foram vendidos quase 65,5 milhões de quilos. Em relação a 2024, houve uma leve queda de cerca de 5 mil toneladas, mas o volume supera o de 2021, 2022 e 2023. O preço médio por quilo em 2025 é o segundo maior da série, atrás apenas do registrado no ano passado.

 

A cotação média atual é de US$ 6,19 por quilo, abaixo dos US$ 6,52 de 2024, mas superior aos valores dos 15 anos anteriores. O preço é mais que o dobro do verificado em 2020 (US$ 2,90) e em 2021 (US$ 2,82). Em comparação com 2012 e 2013, as vendas anuais atuais aos EUA representam praticamente metade das mais de 75 milhões de toneladas exportadas há doze anos.

 

No acumulado geral, o Brasil já ultrapassou a marca de US$ 2 bilhões em exportações de tabaco pela primeira vez desde 2013, atingindo US$ 2,185 bilhões até setembro. Em volume, foram 351 mil toneladas, superando as 294,5 mil do ano passado e ficando atrás apenas de 2022, quando o total foi de 387,5 mil toneladas. A média histórica dos últimos 15 anos é de 358,5 mil toneladas — patamar que deve ser superado ainda em outubro.

 

Se mantida a tendência, as vendas podem ultrapassar 400 mil toneladas em 2025, marca atingida apenas em 2019 e nos anos de 2012 e 2013. Os dados mostram que o preço do quilo não tem relação direta com o volume exportado no longo prazo.

 

Em 2011, o valor médio do quilo de tabaco exportado pelo Brasil era de US$ 5,50, com oscilações nos três anos seguintes e uma sequência de quedas que durou até 2021, quando o preço chegou a US$ 3,04. A partir de 2022, houve recuperação tanto no volume quanto no valor, com o preço médio mais que dobrando e alcançando US$ 6,43 em 2024, seguido por uma leve oscilação para US$ 6,22 em 2025.

 

A China segue como principal responsável pelo alto valor médio das exportações, pagando US$ 9,73 por quilo — um aumento de 23,8% em relação aos US$ 7,87 do ano passado. Já a Bélgica, principal porta de entrada do produto brasileiro na Europa, ampliou as compras de 86,5 mil para 97,8 mil toneladas, embora com queda de 9,2% no preço médio por quilo. Nos demais mercados, os valores permanecem relativamente estáveis.


Com informações Comex Stat e ChatGPT na formatação gráfica e imagens.

 
 
 
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O Brasil se prepara para uma safra de tabaco promissora em volume, mas o aumento expressivo na área plantada pode gerar um efeito colateral indesejado: a desvalorização do produto pago ao produtor.


De acordo com estimativas recentes do setor, a área cultivada com tabaco no Sul do Brasil — responsável por mais de 95% da produção nacional — deve alcançar cerca de 309,9 mil hectares na safra 2024/2025, um aumento de 9% em relação ao ciclo anterior. A expectativa é de que a produção total chegue a aproximadamente 696 mil toneladas, segundo projeções divulgadas por entidades ligadas à cadeia produtiva e fontes internacionais.


Apesar do cenário de expansão, especialistas alertam que o crescimento da oferta pode pressionar os preços, principalmente se houver perda de qualidade ou desaceleração da demanda externa. O setor exportador teme que o equilíbrio entre produção e consumo mundial seja rompido, reduzindo a rentabilidade dos produtores.

“O desafio será manter a qualidade da folha e evitar excesso de oferta. Se o volume subir mais do que o mercado absorve, os preços ao produtor tendem a cair”, avalia um consultor do setor.

O Brasil segue como líder mundial nas exportações de tabaco, posição que mantém há mais de três décadas. Em 2024, o país exportou cerca de 455 mil toneladas, gerando US$ 2,97 bilhões em receita. Para 2025, a expectativa é de crescimento entre 10% e 15%, o que pode elevar o faturamento acima da marca dos US$ 3 bilhões.


Os principais destinos continuam sendo China, Bélgica, Estados Unidos, Indonésia, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Nos primeiros meses de 2025, as exportações brasileiras já somavam 206,5 mil toneladas, com receita de US$ 1,36 bilhão, um aumento de quase 10% em relação ao mesmo período do ano anterior.


Mesmo com a boa performance internacional, as condições climáticas — especialmente períodos de seca e calor excessivo — impactaram a qualidade de parte da safra, o que pode refletir em ajustes nos preços médios pagos ao produtor.

“O tabaco brasileiro é reconhecido pela qualidade, mas se o volume crescer rápido demais, sem controle técnico, o risco é ver o preço cair mesmo com a exportação aquecida”, reforça o analista.

O mercado global de tabaco segue estável, mas com sinais de saturação em alguns mercados tradicionais, o que exige maior atenção estratégica do setor produtivo. O desafio, afirmam especialistas, é crescer de forma sustentável, equilibrando volume, qualidade e rentabilidade.


📈 Resumo:

  • Área plantada: 309,9 mil hectares (+9%)

  • Produção estimada: 696 mil toneladas

  • Exportações em 2024: 455 mil toneladas | US$ 2,97 bilhões

  • Exportações previstas para 2025: +10% a +15%

  • Risco: queda de preço ao produtor por excesso de oferta.


Texto elaborado com auxílio do ChatGPT e IA, com base nas informações da Afubra e SindiTabaco. Imagens ChatGPT/Afubra.

 
 
 
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O levantamento foi realizado entre as associadas aos Sindicato Interestadual das Indústrias de Tabaco (SindiTabaco) e SindiTabaco Bahia e divulgado ainda no mês de julho de 2025 e leva em conta efetivos, safristas e terceirizados ligados às empresas fumageiras tanto no três estados do Sul quanto em outros três do Nordeste. Ao todo são 15.758 empregados efetivos, 22.790 trabalhadores temporários contratados na safra, 3.523 terceirizados fixos nas empresas e 2.041 transportadores.

 

“Na Região Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – são 30.472 empregos, enquanto no Nordeste – onde há produção de tabaco na Bahia, em Sergipe e Alagoas – são 13.640 postos de trabalho, totalizando 44.112 no Brasil”, cita o SindiTabaco. Esses dados, segundo o Sindicato, foram coletados entre as associadas das duas entidades, sem contabilizar os postos de trabalho de empresas não associadas nem os empregos indiretos gerados pelo setor.

 

O maior complexo industrial de tabaco do mundo está na região do Brasil onde há 11.118 empregados efetivos e 14.390 trabalhadores temporários contratados no pico da safra, conforme a divulgação. “Também foram contabilizados 3.173 terceirizados fixos, que atuam em áreas como alimentação, segurança e limpeza, além de 1.791 transportadores de tabaco cru, responsáveis pelo transporte da matéria-prima das propriedades até as indústrias”, detalha.

 

No Nordeste, a produção predominante é de tabaco para charutos. Ali, o SindiTabaco da Bahia “contabilizou 4.640 empregados efetivos e 8.400 temporários contratados durante a safra. A região também conta com 350 terceirizados fixos e 250 transportadores de tabaco, totalizando os 13.640 empregos”, complementa a divulgação sobre esses dados copilados. O entendimento da entidade é de que isso contribui para a qualidade de vida de inúmeras famílias e impulsiona a economia.

 

“Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, onde está concentrada a maior parte das indústrias de tabaco, possuem renda per capita diferenciada. Isso se deve, em grande parte, às indústrias de tabaco, que movimentam a economia regional”, destaca o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing com base nesse levantamento e a referida importância para o mercado de trabalho e fomento econômico da região industrial do produto.


Com informações e imagem do SindiTabaco.

 
 
 
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