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A exportação de janeiro a março de 2025 teve como destino 90 países diferentes ao preço médio de *US$ 7,12 (R$ 40,23) com venda total de 104.528.187 quilos e receita de US$ 743.999.526,00 (R$ 4,2 bilhões). 42,95% desse montante representam as vendas para a China, em dólares US$ 319.550.701,00 (R$ 1,8 bilhões) e 32.848.257 quilos. Para o mesmo período do ano passado, 1º trimestre, a exportação somava 106.411.570 quilos, receita de US$ 659.225.202,00 (R$ 3,72 bilhões) e média de US$ 6,20 (R$ 35,03) por quilo.


Comparando em dólar, o valor médio por quilo subiu 14,84% no 1º trimestre e, levando em conta o fechamento da balança comercial e a média de US$ 6,54, representa um percentual de 8,87% a mais nos três primeiros meses de 2025 do valor pago em 2024. A venda é apenas 1,77% inferior nesse período de janeiro a março. Os dados são da Comex Stat, sistema oficial para extração das estatísticas do comércio exterior brasileiro de bens, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.


O comércio total do ano de 2024 foi de 454.806.160 quilos e valores finais de US$ 2.975.322.951,00 (R$ 16,81 bilhões) e US$ 6,54 o quilo (R$ 36,95). Em 2023 as exportações fecharam em 512.063.806 e valores finais de US$ 2.729.478.380,00 (R$ 15,42 bilhões), ou seja, US$ 5,33 (R$ 30,11) por cada quilo vendido. Um ano antes, a média ficou em US$ 4,19 (R$ 23,67); US$ 3,15 (R$ 17,80) em 2021 e US$ 3,18 (R$ 17,97) em 2020. Ainda, US$ 3,88 (R$ 21,92) a média em 2019. Na matemática se pode dizer que esse ano está mais que o dobro de 2020 e 2021.


Em 2025, a Bélgica, maior importador de 2024, comprou até março em percentual 8,69% - US$ 64.624.406,00 (R$ 365,13 milhões). Depois Indonésia 6,27% - US$ 46.667.758,00 (R$ 263,67 milhões); Estados Unidos da América 6,12% - US$ 45.512.420,00 (R$ 257,15 milhões); Emirados Árabes Unidos 4,26% - US$ 31.662.648,00 (R$ 178,9 milhões); Rússia 3,42% e US$ 25.477.509,00 (R$ 143,95 milhões); Turquia 3,07% e US$ 22.854.379,00 (R$ 129,13 milhões) e Alemanha 3,06% e US$ 22.737.747,00 (R$ 128,47 milhões).


Nesse primeiro trimestre de 2025, de janeiro a março, os chineses pagaram US$ 9,73 (R$ 54,97) por cada quilo e o valor para importação belga baixou para US$ 5,05 (R$ 28,53). Enquanto a China comprou mais de 31,4% de toda a exportação, em quilos 32.848.257, a Bélgica apenas 12,25% e 12.805.447 quilos. O preço também subiu na importação da Indonésia chegando a US$ 7,36 (R$ 41,58) e nos Estados Unidos passou para US$ 6,58 (R$ 37,18). A média em 2025 está em US$ 7,12 (R$ 40,23). No mesmo período do ano passado (janeiro a março) ficou abaixo de US$ 6,20 (R$ 35,03) e fechou 2024 com média final de US$ 6,54 (R$ 36,95).


Com dados e imagem reprodução da Comex Stat (*dólar considerado US$ 1,00 = R$ 5,65).

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Nesta semana o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) citou entender o avanço da legislação sobre compra do tabaco na propriedade um risco para o sistema integrado (link da reportagem). O assunto repercutiu nas redes sociais onde existem influenciadores com muita gente seguindo e se expressando, caso da página no Facebook 'Fumicultores Unidos.' São mais de 200 mil seguidores.


Até o próprio sistema integrado, defendido pelo SindiTabaco como parceria importante, foi questionado por fumicultores. Nesse sentido apontado supostamente a compra de tabaco por empresas fumageiras a partir de terceiros, os chamados 'picaretas'. Sem contar, nesse ponto, a crítica exposta sobre levar a produção até a empresa, ter uma avaliação de preço abaixo do esperado e ficando refém de aceitar.


Como dito pelo SindiTabaco, o transporte da propriedade até a empresa é feito pelas fumageiras, mas caso discorde do valor oferecido na esteira durante a compra, o produtor precisa arcar com os custos para trazer o tabaco de volta para casa. Nesse sentido, pagar o frete por gerar uma despesa extra e, assim, o fumicultor, mesmo discordando da classe definida na compra, acaba aceitando vender o seu fumo.


Os comentários feitos demonstram insatisfação, do lado do produtor, com questões como quando tem menos produção a avaliação da classe é melhor. Mas tendo maior oferta, a classificação na compra reduz o preço, num número grande de tipos e valores para distinguir uma folha de fumo da outra, no quesito qualidade. Classificar na propriedade traz mais evidência e valorização do produtor de tabaco.


O entendimento é de facilitar a vida do fumicultor, quando da compra ser feita na propriedade, conforme as propostas de lei em andamento no Paraná e Santa Catarina e já em vigor no Rio Grande do Sul. Sem necessidade de deslocamento da residência até a empresa, muitas vezes enfrentando tráfego intenso de veículos, rodovias em condições ruins e riscos à vida. As redes sociais, também, dão mais voz aos produtores e permitem expôr seus pontos de vista.


Com informação baseadas nos comentários de produtores diante da reportagem sobre o assunto e imagem/reprodução

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Em 2024 o país africano colheu em torno de 400 mil toneladas, 26,5% menor que a safra brasileira de 2023/2024. A meta era de aumentar em 300 milhões de quilos para o período atual e, os indicativos, são de superar esses números. Divulgações oficiais publicadas recentemente citam a projeção de 800 mil toneladas, o dobro da produção passada atingida pelos efeitos climáticos do El Niño.


Outro ponto é, apesar da maior produção - o dobro da safra anterior, o preço está melhor US$ 5,75, sendo maior que os US$ 5,75 de 2024. Na moeda brasileira e cotação atual R$ 32,38 no ano passado e R$ 32,66 em 2025. Fato curioso no país da África, o maior produtor do continente, é de melhor valor pago mesmo diante de uma produção dobrando se comparada ao período anterior, nesse comparativo.


O entendimento é da adoção de boas práticas agrícolas, colaboração entre produtores e técnicos e condições climáticas favoráveis para chegar a esse resultado. Enquanto, a China, maior produtor de tabaco do mundo, é também o maior comprador do Zimbábue. No último ano, levando mais da metade de toda a produção, 54% de todo o quantitativo produzido. A comprovação da safra, em números, pode colocar o país na segunda posição mundial.


Brasil já ficou na vice-liderança, bem como a Índia com quantitativos girando na casa de 750 mil toneladas. Atingindo as 800 mil previstas, o Zimbábue pode superar os indianos e brasileiros e alcançar a segunda posição mundial. Mesmo assim, ainda sendo pouco mais de 1/3 da produção chinesa, na casa de 2,1 milhões de toneladas ao ano. O país asiático carece de importação para suprir o mercado interno.


Para especialistas em economia e produção agrícola mundial, o período é de incerteza do cenário global do fumo. A alta produtividade no Zimbábue e a expectativa positivas sobre a safra brasileira tendem em deixar os compradores internacionais com opções de compra. Quando existe mais oferta que procura, geralmente o preço acaba despencando. Nesse campo da sensibilidade conjuntural econômica.


Com informações e imagens governo do Zimbábue e divulgações oficiais.

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