- 1 de set.
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Atualizado: 8 de set.

No mês de novembro deste ano, na Suíça, será realizada a 11ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco (COP11) e 4ª Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito dos Produtos de Tabaco (MOP4). A cadeia produtiva do tabaco, representada por empresas, entidades e demais envolvidos demonstra certa preocupação com a postura do governo brasileiro nesse evento.
Nesta terça-feira (02/09), a COP 11 e MOP4 estarão no centro dos debates, a partir das 14 horas, na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco e de seus Protocolos (CONICQ) promove uma reunião aberta. O objetivo é de colher diferentes perspectivas da sociedade sobre os documentos que serão discutidos.
Essas contribuições recebidas, segundo o entendimento do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), "servirão de subsídio para as discussões da CONICQ e encaminhamentos do governo brasileiro nas referidas conferências". Para isso, são esperadas contribuições de representantes do setor público, privado e da sociedade civil, cujas instituições tenham interesse nos temas relacionados.
Esse tema esteve na pauta da reunião da Câmara Setorial do Tabaco de Santa Catarina, realizada na manhã desta segunda-feira (01/09). O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, cita a expectativa frente à reunião de Brasília. De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), 720 mil toneladas foram produzidas na safra 2024/2025 e renderam aos produtores integrados cerca de R$ 14,58 bilhões.
“Esperamos que o diálogo prevaleça e que a CONICQ, que abrange representantes de 11 ministérios, da Casa Civil, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Fundação Oswaldo Cruz, considere não somente as questões de saúde, mas também a importância econômica e social do setor do tabaco para mais de 525 municípios e 138 mil produtores brasileiros, cumprindo com a declaração interpretativa assinada quando da ratificação da Convenção-Quadro”, disse Thesing.
O Brasil é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador há mais de 30 anos, com 90% da sua produção destinada ao mercado externo, para mais de 100 países. A expectativa é que feche o ano de 2025 com US$ 3 bilhões em divisas. Entre janeiro e julho deste ano, os embarques já ultrapassam as 270 mil toneladas, com divisas 20,8% superiores às do mesmo período do ano passado, acumulando o montante de US$ 1,74 bilhão.
Na indústria, o setor proporciona mais de 44 mil empregos diretos no Brasil e gera R$ 17 bilhões em impostos, conforme o SindiTabaco. Apesar de a pauta da COP 11 ainda não estar oficializada, alguns temas devem compor as discussões em Genebra, no mês de novembro. Diversificação, novos produtos e combate ao mercado ilegal dever ser assuntos a serem discutidos nessa agenda de novembro na Suíça.
Com informações e imagem do SindiTabaco.




