top of page
ree

O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), representante das indústrias, demonstra “preocupação com as consequências práticas destas medidas para toda a cadeia produtiva”, segundo divulgou a entidade. A assunto é relacionado aos projetos de lei 119/2023 e 110/2025, no Paraná, e 010/2023 e 0273/2024, em Santa Catarina. Ambos se alinham ao Rio Grande do Sul para estabelecer critérios a compra do fumo na propriedade rural.


A classificação do tabaco nas propriedades, nesse entendimento do SindiTabaco, por meio dessas propostas de legislação nos dois estados “ameaçam a parceria estabelecida entre produtores e empresas, conhecida como Sistema Integrado de Produção de Tabaco e que tem sido exemplo para vários segmentos do agronegócio brasileiro”. Para isso, o Sindicato das indústrias enumera dificuldades geográficas, aumento de custos, redução de empregos e menor arrecadação de tributos.


“No Rio Grande do Sul os projetos aprovados geram, ainda, problemas quanto a sua operacionalidade prática, como a dispersão geográfica da produção e a insuficiência de fiscais classificadores dos órgãos estaduais”, cita o SindiTabaco. A nova legislação pode levar à seleção de produtores por área geográfica e trazer prejuízos para os mais distantes. O fechamento de filiais de compra, demissões e redução na arrecadação de impostos são citados também.


Além disso, a entidade menciona a necessidade de os governos estaduais contratarem “centenas de fiscais classificadores de tabaco pelos órgãos estaduais (Emater/RS, Cidasc/SC e IDR/PR)”. Adequação da propriedade para a avaliação do produto é outro problema na visão do Sindicato. Evocando, conforme essa leitura, “a perda de competitividade no mercado internacional devido ao aumento de custo e transferência da produção para outros países”.


Segundo a assessoria do SindiTabaco, o presidente Valmor Thesing, demonstra preocupação com a “possível ruptura” do Sistema Integrado de Produção, que traz garantias para todos os elos da cadeia produtiva, e o aumento de empresas que não cumprem as regras estabelecidas pela Lei da Integração (13.288/2016). “É preciso refletirmos: por que uma empresa integradora firmaria contrato com o produtor, prestaria assistência técnica gratuita, financiaria e avalizaria os financiamentos dos insumos e investimentos sem garantias de receber a safra contratada?”


“Entendemos que aperfeiçoamentos no modelo de classificação e compra do tabaco devem ser discutidos de forma técnica entre as partes”, defende, citando o Fórum Nacional de Integração do Tabaco (Foniagro) para a definição dessas situações dentro da Lei de Integração. “Tornar o tema objeto de discussão política tende a levar a resultados que não espelham as especificidades do mercado, mas que são conduzidos meramente pelo apelo popular”, avalia Thesing.


Outro ponto, nesse entendimento esboçado pelo SindiTabaco, são os “riscos à qualidade e, consequentemente, à competitividade do produto brasileiro junto ao mercado internacional, tendo em vista que classificar na propriedade não permite as mesmas condições que hoje existem nas empresas, com iluminação adequada para a classificação e balanças aferidas pelo Inmetro”. Ao passo que, a entidade cita estar à disposição para dialogar de forma técnica e transparente.


Mencionando preocupação com os possíveis impactos das medidas na cadeia de produção, o presidente enfatiza entender “a importância de todos os elos da cadeia produtiva atuarem de forma sinérgica, dentro dos limites da legislação. É preciso cautela para que não prejudiquemos um setor que gera empregos, renda e tributos”.


O SindiTabaco cita a fumicultura ser “mola propulsora da economia de 509 municípios”. 626 mil pessoas envolvidas e receita de R$ 11,8 bilhões aos produtores integrados. “O tabaco produzido tem como destino principal a exportação: em 2024, o produto gerou US$ 2,89 bilhões em divisas e R$ 16,8 bilhões em impostos”, destaca. Também enumera as vantagens do sistema integrado, como planejamento, garantia de qualidade, assistência técnica sem custos, financiamento avalizado pelas empresas, transporte custeado e comercialização garantida por contrato.


Com informações e imagem do SindiTabaco.

ree

O registro de mais de meio milhão de toneladas de tabaco produzidas na safra 2023/2024, total de 508 mil toneladas, tem origem em 509 municípios da região Sul do Brasil. Entre os 15 maiores produtores de fumo no país, estão seis gaúchos, seis paranaenses e três catarinenses. Tendo parcela representativa na geração de renda e sustento de inúmeras famílias, de acordo com o ranking divulgado pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).


Canguçu, no Sul do Rio Grande do Sul, lidera a estatística como maior produtor de tabaco. Mais de 18 mil toneladas produzidas por 4.964 produtores, numa população total de aproximadamente 50 mil habitantes, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na vice-liderança aparece o São João do Triunfo/PR, com 17,5 mil toneladas, cultivadas em 2.222 propriedades rurais, num total de aproximadamente 15 mil habitantes.


Venâncio Aires/RS – 70 mil habitantes (IBGE) – e registro do comércio de 15,2 mil toneladas de tabaco, produzidas por 3.677 produtores. depois, São Lourenço do Sul/RS, com quase 14 mil toneladas cultivadas por 3.784 produtores, num cenário de 42 mil habitantes. E, na quinta colocação, aparece Rio Azul/PR, com produção de 12,8 mil toneladas e 1.956 produtores, dentro do município com população total de 14 mil moradores (IBGE).


Sexto lugar é de Itaiópolis, em Santa Catarina, com a produção de 12,7 mil toneladas por 2.938 produtores. Seguido de Canoinhas/SC com 10,6 mil toneladas em 2.716 propriedades rurais. Depois Ipiranga/PR, Santa Terezinha/SC, Prudentópolis/PR, Vale do Sol/RS, Candelária/RS, Santa Cruz do Sul/RS, Irati/PR e Palmeira/PR. O volume total caiu 22,7% se comparado aos dados da safra 2022/2023 quando atingiu 606 mil toneladas.


A notícia positiva é a receita bruta 7,3% superior ao montante da safra anterior, saindo de R$ 11 bilhões para mais de R$ 11,78 bilhões. Isso permite também observar a média por quilo saindo de R$ 18,15 ou R$ 272,28 por arroba e chegando a R$ 23,19 por quilo ou R$ 347,83 por arroba. Ou seja, 27,77% a mais pagos ao produtor na safra 2023/2024. Enquanto o número de propriedades integradas saltou de 125 mil, 2022/2023, para 133.265.


Com informações e imagem Afubra.

ree

As informações são do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e, conforme pesquisa realizada junto às empresas associadas, a cultura do fumo aplica técnicas conservacionistas no preparo do solo em 74% das propriedades. 15 de abril de 2025 é Dia Nacional de Conservação do Solo e 74% dos fumicultores executam ações relativas à conservação das terras utilizadas, podendo ainda melhorar o cenário.


O SindiTabaco desenvolve uma cooperação-técnica com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No portfólio estão, ao menos, 60 ações das empresas associadas voltadas à preservação ambiental, segundo o Sindicato. E essa conscientização explica o percentual de 74% dos produtores, com perspectiva de melhorar, ainda mais, esse número no novo projeto chamado 'Solo Protegido'.


Essa "ação prevê a seleção e o diagnóstico de propriedades que representam o setor produtivo do tabaco na região Sul do Brasil, a proposição de planos de intervenção contemplando as Boas Práticas Agrícolas (BPAs) e o monitoramento de indicadores-chave, visando a proteção e conservação ou a recuperação do solo", segundo divulgou o SindiTabaco sobre o projeto junto à Embrapa.


"Atualmente, as práticas conservacionistas adotadas pelos produtores de tabaco vão desde a correção do pH do solo com o calcário, a descompactação quando necessário e o preparo dos camalhões sobre a palhada de uma planta de cobertura, como aveia e centeio, por exemplo. A prática previne a erosão hídrica, evitando que o solo da superfície seja perdido em caso de condições climáticas adversas", menciona.


Enquanto o novo projeto, Solo Protegido, "pretende testar e difundir outras medidas junto aos produtores integrados, como é o caso do mix de cobertura e a avaliação do carbono presente no solo das propriedades participantes". Além de beneficiar o meio ambiente, a adoção de boas práticas agrícolas está diretamente ligada ao resultado da safra, nesse entendimento da entidade sobre a iniciativa.


“O bom uso do solo significa melhor aproveitamento dos nutrientes. Quanto mais conservado e protegido estiver o solo, maior a chance de a cultura alcançar o seu potencial produtivo e, consequentemente, gerar bons resultados financeiros. Por isso, proteger e conservar o solo deve ser visto como investimento pelo produtor", de acordo com a engenheira agrônoma e assessora técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender.


O Sindicato da Indústria do Fumo ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde 94% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios.


Com informações e imagem do SindiTabaco.

bottom of page