top of page
ree

Audiência pública foi realizada em Canoinhas com o objetivo de discutir a classificação do fumo nas propriedades rurais. A reunião tratou da proposta de projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) de autoria do deputado estadual sargento Lima. No Planalto Norte catarinense a proposição foi apresentada na semana passada.


A proposta é do produto sair já classificado. “A descentralização da classificação do tabaco, com a realização do ato na própria propriedade do agricultor, facilita o acompanhamento e proporciona transparência na análise, sendo uma antiga reivindicação dos produtores desta cultura”, justifica o deputado no seu projeto lei, apresentado no estado.


“Mais uma vez nos colocamos à disposição para defender o agricultor. Precisamos garantir que a comercialização seja viabilizada nas propriedades como forma de garantia de preço mínimo, sem que o produtor precise deslocar-se até a empresa sem saber a que preço o produto será comercializado”, avaliou a prefeita Juliana Maciel.


Ela participou das discussões afirmando que o agricultor muitas vezes fica pressionado a vender mesmo com uma classificação desfavorável na empresa, dificultando até de levar embora para a propriedade, arcando com os custos, inclusive. Canoinhas é referência na produção de fumo e disso a audiência no município, segundo maior produtor de Santa Catarina.


Para o deputado, o agricultor trabalha o ano todo para garantir a lavoura, faz investimentos e corre os riscos inerentes à agricultura, porém, é a parte mais fraca da cadeia produtiva. “No momento da comercialização, fica subordinado às decisões da empresa compradora. Nesta lógica, é obrigado a enviar a sua produção para ser classificada longe da sua região”, observou Lima.


No caso de discordar da classificação, “a decisão de não vender se torna quase inviável, fato que favorece as empresas que compram. É preciso inverter essa lógica”, argumentou o parlamentar. Em sua avaliação, as empresas têm profissionais para fazerem a assistência ao produtor e não seria difícil organizar um cronograma para classificar o fumo na propriedade.


Conforme a prefeitura de Canoinhas, oito municípios da Associação dos Municípios do Planalto Norte de Santa Catarina (Amplanorte) movimentam quase R$ 1 bilhão com a produção de fumo. Em Canoinhas, mais de 2.200 famílias sobrevivem desta cultura. “Não é para brigar com a empresa, ir contra a lei de integração. Tem a ver com você poder negociar o seu produto. Essa lei visa garantir um direito do nosso produtor”, reforçou Juliana Maciel.


Com informações e imagem da prefeitura de Canoinhas.

ree

Na semana passada, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinou um convênio com Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). O objetivo é a realização do projeto 'Solo Protegido' em propriedades produtoras de fumo. É um projeto de cinco anos para atender os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e fará um diagnóstico nas propriedades produtoras de tabaco no Sul do País.


A cooperação-técnica busca apoiar o setor produtivo quanto aos gargalos no manejo e conservação do solo e da água; na seleção e no diagnóstico de propriedades que representam o setor produtivo do tabaco na região Sul do Brasil, na proposição de Boas Práticas Agrícolas (BPAs) e no monitoramento de indicadores-chave que possam recuperar a qualidade física, química e biológica do solo.


O pesquisador Adilson Bamberg citou que a "natureza nos mostra a cada dia que precisamos cuidar do solo, mas muitas vezes esquecemos disso. Precisamos tratar com dedicação e carinho o solo, e também utilizar tecnologias para que este mesmo solo traga benefícios, para isso trouxemos o projeto Solo Protegido".


Para justificar seu entendimento ele aponta casos bem sucedidos de manejo do solo que servirão de exemplo para os participantes do Projeto e a possibilidade de ampliar o uso de boas práticas agrícolas, as BPAs. O convênio foi assinado pelo presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Junior, e chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado, Rosane Martinazzo.


O alinhamento vem sendo construído a mais de dois anos, nessa parceria com o Sindicato e abarca todas as empresas que se envolvem com produção do tabaco na região Sul do País. Para o Rio Grande do Sul vem num momento de recuperação da crise ocorrida com as enchentes. Também numa aproximação da Embrapa com os agricultores e associação de produtores rurais de tabaco no Brasil.


O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, agradeceu a Embrapa por ter colocado o País no patamar de celeiro do mundo na produção e acesso a alimentos de qualidade. Ele falou da importância do tabaco, sendo o Brasil exportador de um produto nacional e da necessidade de fortalecimento da produção integrada do tabaco para que o produto se mantenha competitivo na economia brasileira e traga renda e trabalho para mais de 138 mil produtores.


Com informações e imagem do SindiTabaco.

 
 
 

Atualizado: 4 de abr.

ree

Os dados são da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, divulgados na 74ª Reunião Ordinária em 30 de outubro de 2024. A safra de tabaco 2023/2024, expectativas para 2024/2025 e as exportações fizeram parte das tratativas. Apesar do aumento de quase 7% no percentual de famílias envolvidas no setor produtivo do fumo e área plantada acrescida em 8,57%, a produtividade caiu quase 23%, comparada com safra anterior.


O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco e vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, destacou, na reunião, a importância das reuniões para a atualização das informações do setor. As próximas, neste ano de 2025, foram agendadas: 10 de abril, 16 de julho e 29 de outubro. Trazendo discussões sobre a cadeia produtiva, na última de forma híbrida.


Coube ao presidente da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher, apresentar os números finais da safra 2023/2024, fechado em 508.041 toneladas. Aumentou em 6,62% o número de famílias que plantam tabaco, nos três estados do Sul do Brasil, comparando as safras 22/23 e 23/24. Na produção, houve uma diminuição de 16,12%, mesmo com o aumento de 8,57% na área plantada. Isso por conta das condições climáticas não favoráveis, que fez com que a produtividade média caísse 22,75%.


Para a safra 2024/2025 projetou-se um incremento na área cultivada. “Isso se deve, pois, o fumicultor, nas últimas safras, recebeu um bom retorno financeiro pelo seu produto. Aliado a esse fator, outras culturas não estão dando retorno e isso faz com que haja incremento de área cultivada com tabaco e mesmo, a volta de produtores à cultura”.


A exportação do tabaco brasileiro foi apresentada pelo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing. Segundo ele, deve-se ter uma exportação acima da média dos últimos anos, em dólares. Somente de janeiro a setembro de 2024 foram embarcadas 316 mil toneladas, o que representa uma redução de -14% em relação ao mesmo período de 2023. Já em dólares, foram US$ 2,03 bilhões embarcados, uma variação positiva de 3,44% se comparado com o ano anterior.


Com informações da Câmara Setorial do Fumo e imagem Afubra.

bottom of page